Essa conquista reforça a liderança da Europa em telecomunicações baseadas em satélite para dispositivos padrão de IoT e suas metas de competitividade, segurança e autonomia estratégica
Barcelona, 8 de outubro de 2025 – A Sateliot, a principal operadora de telecomunicações por satélite 5G IoT, alcançou um marco histórico no setor ao concluir com sucesso a primeira transmissão 5G IoT entre um dispositivo IoT de celular comercial padrão diretamente de sua constelação de satélites Low Earth Orbit (LEO), que oferece cobertura global.
Esse avanço marca uma mudança de paradigma na conectividade. Ele valida a interoperabilidade total entre redes terrestres e de satélite, provando que os dispositivos IoT celulares projetados para a infraestrutura móvel existente podem se conectar perfeitamente a redes espaciais sem nenhuma modificação de hardware.
Com essa conquista, a Sateliot torna a cobertura global uma realidade para as operadoras de telecomunicações em todo o mundo e permite que qualquer provedor de serviços de IoT amplie seu alcance, independentemente da disponibilidade de infraestrutura terrestre.
A demonstração consistiu em enviar uma mensagem de ponta a ponta usando o módulo de IoT celular de baixa potência nRF9151 da Nordic Semiconductor – a solução de IoT celular de menor potência do mercado, com desempenho de duração de bateria líder do setor. Sem nenhuma alteração de hardware, o módulo nRF9151 se conectou com sucesso por meio da constelação LEO da Sateliot, replicando a experiência de roaming perfeita que as redes móveis já oferecem no solo.
O projeto foi desenvolvido em colaboração com a Nordic, líder global em soluções de conectividade sem fio de baixa potência, e a Gatehouse Satcom, uma empresa de referência em software de comunicações via satélite 5G. Ambas as empresas contribuíram com seus conhecimentos para validar a solução de ponta a ponta em conformidade com o padrão 5G NB-IoT Release 17.
Esse marco abre caminho para uma nova geração de serviços globais de IoT – desde logística e agricultura até monitoramento ambiental, infraestrutura essencial e defesa e segurança – ao estender a conectividade para além das redes terrestres, que hoje cobrem apenas 20% do planeta. Pela primeira vez, os 80% restantes dos oceanos, desertos e áreas remotas podem ficar on-line com comunicações econômicas e resilientes.

Uma inovação tecnológica europeia
Ao demonstrar pela primeira vez que sensores de IoT comerciais padrão e de baixo custo podem se conectar diretamente do espaço, o Sateliot posiciona a Europa na vanguarda das tecnologias de satélite e 5G. Esse marco democratiza o acesso à conectividade de IoT – reduzindo custos e capacitando empresas, governos e comunidades em todo o mundo – e, ao mesmo tempo, reforça as metas europeias de competitividade, segurança e autonomia estratégica em comunicações de última geração.
Juntamente com seu progresso tecnológico, a Sateliot apóia seu modelo com forte tração no mercado. A empresa assinou contratos recorrentes no valor de 250 milhões de euros com mais de 450 clientes em mais de 50 países. Conforme declarado em seu plano de negócios, ela espera atingir uma receita de 1 bilhão de euros até 2030.
De acordo com Jaume Sanpera, CEO e cofundador da Sateliot, “estamos diante de um marco tecnológico, comercial e estratégico, comparável à primeira conexão da Starlink com um telefone celular, e que prova que a Europa também pode liderar a democratização da conectividade a partir do espaço”.
Enquanto isso, Oyvind Birkenes, vice-presidente executivo da unidade de negócios de longo alcance da Nordic Semiconductor, declarou que “a falta de cobertura global e harmonizada tem atrasado os mercados de IoT e M2M por anos. Com esse avanço, será possível criar dispositivos de baixo consumo de energia com conectividade via satélite e acelerar as implementações em muitos casos de uso importantes”.
Por fim, Jesper Noer, vice-presidente comercial da Gatehouse Satcom, disse que “é uma honra participar desse marco inovador. A Sateliot é, em muitos aspectos, pioneira no campo da IoT baseada em satélite e a cooperação entre todos os envolvidos mostra que a tecnologia padronizada reunida pode mover montanhas”.